Os rumos do Ensino a Distância
Carlos Alberto Chiarelli (*)
Em 2010 inúmeras publicações divulgaram a informação de que um aluno que cursou a Educação a Distância (EAD) conquistou a maior nota nacional no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enad). Aliás, a média dos alunos da EAD foi maior que a dos presenciais.
Também por isso pode-se dizer que o ensino a distância é um agente eficaz para a inclusão com qualidade. A reforma da educação é assunto permanentemente discutido. Durante os debates para as eleições presidenciais, no ano passado, aliás, foi tema recorrente.
Mas e agora? O que esperar da Presidente Dilma Rousseff? S. Exa. disse, na campanha, que quando assumisse o cargo, pretendia priorizar a qualidade da educação, contemplando medidas como o treinamento e a melhor remuneração de professores, além do oferecimento de bolsas de estudo e de apoio para que os alunos não sejam obrigados a abandonar a escola.
Essas propostas, se efetivadas, vão ao encontro do que se espera de um Presidente, diante de seus compromissos com a educação; mas só isso não basta. É preciso ir além.
Principalmente quando se refere a EAD, especialmente a respeito de idéias errôneas sobre o método. Ainda, jurassicamente, há quem diga que o Ensino a Distância não é um recurso válido.
Basta, no entanto, analisar-se o funcionamento da EAD para verificar que ela propicia ao aluno estímulo a um empenho maior, pois o desafia a estudar de modo participativo.
O acesso cidadão que o ensino a distância enseja, pelo preço a que é oferecido, coloca essa metodologia em um novo patamar no ensino brasileiro, efetivando educação igualitária e de qualidade, indiferentemente da classe social da população. Basta querer estudar.
Considerando também que devemos caminhar para igualar oportunidades na sociedade, no que se refere ao acesso à internet e aos computadores, é previsível que, em pouco tempo, a EAD não será apenas mais uma alternativa, mas, sim, um complemento essencial da metodologia educacional.
A efetividade do EAD se dá também pela consciência de ações para melhorar a estrutura do método, pelos conteúdos abordados nas disciplinas, pela estruturação de equipes produtivas e do bom uso de recursos tecnológicos.
Por isso, a EAD deve ser pauta presente e efetiva dos escolhidos para comandar nos próximos anos o nosso país, quer no Executivo, quer no Legislativo.
*Carlos Alberto Chiarelli é ex-Ministro da Educação, Doutor em Direito e Presidente da Aced (Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância) Fonte: http://ead.folhadirigida.com.br/